Sempre que o menino conversava com seu pai, reclamava de um colega de escola:
– Pai, se eu pudesse, eu acabava com esse cara! Ele é muito “mala”! Gostaria muito que ele ficasse doente pra não ir à escola.
O pai que normalmente apenas escutava, certo dia conduziu seu filho ao
quintal da casa, pegou o saco de carvão da churrasqueira, e disse-lhe para
atirar o máximo de pedras de carvão numa camiseta branca pendurada no
varal, imaginando que aquele era o colega de quem ele não gostava, e
tanto falava mal:
– Quero que você jogue todo o carvão em direção à camiseta, até o último pedaço. Daqui a pouco eu volto.
O menino não pensou duas vezes. Achou a coisa divertida e não parou até
esvaziar o saco de carvão. Depois de alguns minutos, o pai, que espiava
tudo de longe, aproximou-se do filho e perguntou:
– Como está se sentindo agora?
– Ah, cansado, mas feliz porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai então olha carinhosamente para o menino e diz:
– Filho, vem cá. Quero te mostrar uma coisa…
E conduzindo o menino até o quarto, colocou-o frente ao espelho. O
menino toma um susto ao perceber que está completamente coberto pela
fuligem do carvão!
O pai, então, olhando com carinho em seus olhos, lhe diz:
– Filho, você percebeu que a camisa quase não sujou, mas olhe só para
você. Está imundo! Assim funciona o mal que desejamos às pessoas. Por
mais que tentemos prejudicá-las ou atrapalhá-las com nossos pensamentos,
palavras, atos e atitudes, a maior sujeira, os resíduos, os respingos e
a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
Pessoas brilhantes falam sobre ideias. Pessoas pequenas
falam mal de outras pessoas.
Portanto, cuidado com seus pensamentos; eles se transformam em
palavras. Cuidado com as suas palavras; elas se transformam em ações.
Cuidado com suas ações; elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus
hábitos; eles modelam o seu caráter. Cuidado com o seu caráter; ele
controla o seu destino.
(Extraido do blog de Marco Fabossi)
Nenhum comentário:
Postar um comentário